Por: Monica Cruz Vanessa Gerbelli já é conhecida do grande público desde sua estreia na televisão, quando interpretou Lindinha na novela O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco, exibida em 2000 na Globo. A personagem atrapalhava a vida de Petrúcio e Catarina, tentando impedir a felicidade dos dois, já que gostava do caipira. E assim como seu primeiro papel era cheio de cobiça, a atriz encarou o desafio de viver a ambiciosa Zeres na minissérie A História de Ester, da Record, que estreia nesta quarta-feira, dia 3, às onze horas da noite. Sua personagem faz com que o marido incentive o rei Assuero a exterminar todos os judeus.
Com algumas vilãs no currículo - acrescente também, por exemplo, a esquizofrênica Elza de Prova de Amor, de 2006, Vanessa não tem receio em afirmar: ser malvada dá muito trabalho!
- É mais fácil fazer mocinha em novela, porque os vilões que caem no gosto popular são aqueles malvadões, que só faltam usar os chifres, o rabo (risos)... É aquela pessoa que só tem sentimentos maus. [...] Mas hoje as coisas estão mudando. Penso quais as motivações reais desta pessoa, porque ela está falando isto. [...] O mau pelo mau não tem graça nenhuma. A transgressão por si só não me diz nada. Se não for embasada em um sentimento humano, prefiro ser uma mocinha que eu entendo melhor.
Ao longo de sua carreira, outra característica vem marcando o currículo televisivo de Vanessa: ela não costuma fazer protagonistas. Mas ao contrário do que se imaginaria, a atriz não se incomoda nem um pouco com isto.
- Os protagonistas são os carros-chefes dos trabalhos. Muitas vezes as cenas com eles são ditas várias vezes de diferentes formas para enfatizar a trama e o público continuar acompanhando. Então eles acabam trabalhando mais, fazendo mais cenas repetitivas. Em novela, ser protagonista não é este glamour todo não (risos). Você fica dez meses tentando se reinventar. [...] Minha vontade é fazer bons papéis, contar boas estórias. Claro que a gente não quer ficar fazendo uma ponta, um personagem que não tem algo para contar. Engraçado que minha vida sempre foi por aí. Nunca ninguém falou estamos contado com você para o melhor papel. Pelo menos no início. Fui cavando meu espaço e meus personagens crescendo.
Quer um exemplo que ela mesmo cita sobre fazer um papel aumentar de tamanho? Fernanda, de Mulheres Apaixonadas (2003) que - ironicamente - conquista seu ápice ao ser morta por uma bala perdida durante tiroteio entre a polícia e bandidos. A personagem continua tão marcante na vida de Vanessa que algumas pessoas ainda trocam seu nome.
- Tem mulher em loja que me atende Só um minutinho, Dona Fernanda.
Foto: AgNews Fonte: Estrelando
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