Ela se revela também em outra tela: a de pintura. "Quando vejo que estou me repetindo, fico logo nervosa. Gosto de estar sempre diversificando."
A pintura é outra paixão na vida de Vanessa.
Formada em Belas Artes pela USP, a atriz costuma exercitar sua veia artística
no ateliê que tem em casa. "Para a minha mãe,
um diploma era garantia de empregos melhores. Como podia ser de qualquer faculdade,
me formei, então, em Artes Plásticas", justifica.
Entrevista
Diário On Line / 2003
No ateliê improvisado em seu apartamento carioca - na Gávea,
Zona Sul do Rio -, Vanessa aproveita para pôr a “mão na
massa” logo nas primeiras horas da manhã. “A luz do
dia me dá inspiração. Ao contrário da noite, em
que fico lenta e dispersa”;
Mas a pintura com tinta acrílica é mais que um “hobby”
para a atriz. Formada há mais 10 anos pela Faculdade de Belas Artes
de São Paulo, Vanessa sempre conciliou a atividade com a carreira de
atriz. “Precisei trancar o curso algumas vezes. Acabei me formando
bem mais tarde que os colegas”, recorda. Ainda assim, Vanessa tem
20 telas finalizadas. Segundo ela, um número abaixo das expectativas.
“Sou muito chata e perfeccionista. Demora para eu achar que a obra
está madura e que tem uma mensagem a dizer”, explica. Para
a atriz, não basta apenas que a pintura tenha uma função
estética. “Dificilmente a pintura resulta daquilo que você
imaginava. Então, pelo menos, é preciso ter uma proximidade
com a idéia inicial”, teoriza.
Assim aconteceu com a tela pintada no fatídico 11 de setembro. Com
o atentado às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque,
Vanessa não teve dúvidas em transpor para a tela o sentimento
de perplexidade que tomava conta das pessoas. Hoje, o quadro em tom vermelho
sangue decora a sala do apartamento. “O homem da tela passa a idéia
de interrogação. Ele está com pés e mãos
atados diante da situação”, explica Vanessa.
Apesar de não seguir nenhum estilo específico, a atriz acredita
ter influências do movimento expressionista. “Os padrões
me incomodam. Por isso, tenho a preocupação de não parecer
com nada nem ninguém”, justifica. Mas a única característica
na obra da atriz é a constante presença de figuras humanas.
“Acho legal o quadro ter uma referência humana, se não
fica abstrato demais”, conclui.
A afinidade com tintas e pincéis surgiu ainda na infância em
São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. “Gostava de desenhar
por horas seguidas, ouvindo os discos de histórias infantis”,
recorda. Já naquela época, a família Gerbelli costumava
se reunir nos fins de semana para sessões de música e pinturas.
“Sempre existiu essa herança cultural na família”,
assegura. Agora, Vanessa se prepara para montar sua primeira exposição
ainda este ano. A idéia, porém, ainda está sendo amadurecida.
“Nunca tive a necessidade de expor os meus quadros. Acho interessante
ter uma unidade e não uma miscelânea de temas”, conta.
Na verdade, a atriz costuma presentear os amigos com suas obras. “Tenho
relutância em colocar preços nas obras. Sou muito autocrítica.
Não sei se elas valeriam R$ 5 ou R$ 10 mil”, jura.
Entrevista Isto é Gente / 2006
Diante de uma de suas telas, estendida no jardim de sua casa, Vanessa Gerbelli
relembra um dos momentos mais decisivos da carreira. Em 2003, a atriz de 32
anos ganhou notoriedade nacional na novela Mulheres Apaixonadas. Era chamada
para dar depoimentos sobre todos os assuntos: de violência à
marca de xampu. Sua natureza tímida e os dez anos como pintora pediam
que tomasse uma atitude. Resolveu agir com seus pincéis e produziu
uma série de telas sobre a fama, em que mulheres de pernas abertas,
ou nuas, tentam se preservar, esconder seus rostos. No ar como a vilã
de Prova de Amor, na Record, Vanessa já não se sente tão
invadida pelo esquema da tevê. Casada com o diretor Vinícius
Coimbra há três anos, e feliz com a repercussão do novo
trabalho, vive uma fase de paz. Mas os últimos cinco anos, diz, foram
tempos de revolução.
Depoimento de Paulinho Moska
... A tela "Homem", de Vanessa Gerbelli, também me é
essencial. Quando a vi pela primeira vez era ainda um estudo e fiquei em estado
de beatitude, com meu esquema sensorimotor em pedaçoes... era eu que
estava naquele quadro. Aquela luz que nascia da escuridão do centro
aquele corpo me iluminava e me dizia: Arte é dor.
Moska
Rio de Janeiro, 27 de junho de 2001
ATENÇÃO:
eu não sou a Vanessa Gerbelli e também não tenho contato com ela.
:) Selminha
Site dedicado a Vanessa Gerbelli By Selminha
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