O CCR (Cinema com Rapadura) conversou com a atriz que interpreta a personagem Elisa no longa dirigido por Glauber Filho e Halder Gomes. A produção estreia em 1º de abril.

Dezoito anos de carreira de trabalhos no teatro, na televisão e no cinema. O potencial dramático de Vanessa Gerbelli ficou registrado em todos os formatos e principalmente na pele da inesquecível personagem Fernanda, em “Mulheres Apaixonadas”, novela de Manoel Carlos. Agora com um novo desafio no cinema, ela integra o elenco de “As Mães de Chico Xavier”, que promete mais uma atuação emotiva e sensível. Em entrevista exclusiva para Cinema com Rapadura, Gerbelli falou sobre sua participação no longa dirigido por Glauber Filho e Halder Gomes.
Seguindo a onda do gênero transcendental que invadiu o cinema nacional depois de sucessos como “Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito”, “Chico Xavier” e “Nosso Lar”, a vindoura película é baseada em fatos reais e conta a história de três mães que passam por momentos familiares difíceis. Uma delas é Elisa, papel de Gerbelli, uma mãe que tenta superar a ausência do marido em casa dedicando-se integralmente ao filho.
Para viver a personagem, a atriz contou que não houve muita racionalização durante o estudo do filme. “Deixei meus sentimentos abertos. Vi que o roteiro falava do sentimento materno, de um amor profundo e da perda desse objeto de amor. O universo do personagem não era desconhecido para mim. Sou mãe também e pensei no meu filho o tempo todo”, declarou. O trabalho com os diretores Glauber Filho e Halder Gomes foi essencial para o êxito de seu papel. Gerbelli elogiou a sensibilidade, delicadeza e bom humor dos cineastas, necessários para desvendar o universo de Elisa.
Atuando em um filme que fala sobre espiritualidade, Gerbelli contou que prefere não compreender religião no sentido mais conhecido da palavra e apenas busca conexões com algo divino que existe para ela. Acreditar em Chico Xavier foi fundamental para sua participação no longa. “Ele me comove profundamente. O espiritismo é uma religião que conforta e acolhe, já que propõe a vida em outro plano após a morte”, disse. E é essa mensagem de paz em um mundo tão contraditório e injusto que Gerbelli acredita ser o principal objetivo de “As Mães de Chico Xavier”. “O filme deve levar uma mensagem positiva de conforto e de exaltação à vida”, argumentou.
Após passar cinco anos na Rede Globo, onde atuou em novelas como “Kubanacan”, “Desejos de Mulher” e “O Cravo e a Rosa”, atualmente Gerbelli é contratada da Rede Record, onde participou de novelas como “Amor e Intrigas” e “A Lei e o Crime”. Seu mais recente papel foi em “A História de Ester”, onde intepretou Zeres. Já no cinema, a atriz tem três trabalhos: “Carandiru”, “Os Desafinados” e “Sem Controle”.
Declaradamente apaixonada pelo arte cinematográfica, Gerbelli confessou que a versatilidade do ator diferencia a performance no cinema e na Tv. Segundo ela, “o cinema, diferente da televisão, tem um processo artesanal e poético”. Dessa forma, a concepção de um filme acaba sendo detalhada, com intervenção do diretor e da equipe sempre pensando nas melhores formas de integrar a narrativa. Na televisão, o processo de continuidade faz com que os personagens sejam elaborados no decorrer dos meses em que a novela está no ar. “Não dá para ter o refinamento, o tempo de pesquisa e apuro do cinema”, contou.
Além de “As Mães de Chico Xavier”, Gerbelli poderá ser vista este ano nas telonas em “Matraga”, longa rodado em 2009 e dirigido por Vinícius Silva. O elenco conta com a participação de Fernanda Montenegro, José Wilker, José Dumont, João Miguel, entre outros. Neste longa, Gerbelli também participou da concepção do roteiro e está animada para a estreia nacional.
Enquando “Matraga” não chega às telonas, “As Mães de Chico Xavier” estreará em 1º de abril. O longa foi filmado em película 35mm nos meses de abril e maio de 2010, com locações nas cidades de Guaramiranga, Pacatuba e também em Fortaleza, no Ceará, além de Pedro Leopoldo (MG), terra natal de Chico Xavier.
O filme é inspirado no livro “Por Trás do Véu de Isis”, do jornalista e escritor Marcel Souto Maior, com roteiro original de Glauber Filho e Emmanuel Nogueira. Nelson Xavier repete o papel de Chico, ao lado de grande elenco como Herson Capri, Caio Blat, Via Negromonte, Tainá Muller, Neuza Borges (governanta), Paulo Goulart Filho, entre outros.

Fonte: Cinema com Rapadura
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